terça-feira, 21 de setembro de 2010

"Cuidados Paliativos": quando a cura não existe.

Um dos comentados “paradoxos” do momento aponta que o aparecimento de casos de câncer, das doenças crônicas e das patologias degenerativas vem crescendo juntamente com o aumento da expectativa de vida; se no início do século XX, em média, vivíamos 34 anos, hoje passamos dos 80 anos de idade, e isso, para alguns, causará grandes desconfortos pelo aparecimento de patologias incuráveis.

Apesar da grande quantidade de pesquisas na área da saúde, da invenção de novos tratamentos e da criação de “máquinas fantásticas” que auxiliam no diagnóstico... ainda há muitas doenças que não têm cura... e os pacientes passam a ter que utilizar terapêuticas que diminuam o seu nível de desconforto, na tentativa de aumentar, pelo menos, a sua qualidade de vida.

A “Organização Mundial de Saúde” (OMS) aponta que 50% dos futuros pacientes com câncer não serão curados. E mais, 80% dos portadores de câncer terão (na fase terminal da patologia) dores intensas e insuportáveis, além de ulcerações tumorais, vômitos, infecções, etc.

Foi a partir desses dados que muitos profissionais da saúde passaram a atuar com a chamada prática dos “Cuidados Paliativos”.

Para a OMS, “Cuidados Paliativos” é a assistência ativa e integral ao sujeito que possui uma patologia que não responde a “intervenção curativa”; nesse momento o objetivo passa a ser a busca da qualidade de vida do paciente e dos seus entes queridos (cônjuges, familiares, amigos, etc.).

Na abordagem dos “Cuidados Paliativos” há a busca da promoção do conforto através da diminuição da dor, do controle de sintomas, do suporte psicológico e emocional, apoio espiritual, social.

O objetivo principal do “Cuidado Paliativo” não é aumentar o tempo, mas sim a qualidade de vida, buscando dar maior tranqüilidade nessa difícil fase.

Há várias frentes de ação que atuam no viés dos “Cuidados Paliativos”, como, por exemplo, a Psicoterapia, a Farmacologia, a Acupuntura, a Assistência Social, a Filosofia, as religiões, etc.

O importante é que o paciente e seus entes queridos saibam que a vida pode ser digna, mesmo no seu “crucial momento final”... ou, quem sabe, na sua “fase de transição”.


Dr. Alex Sandro Tavares da Silva – Psicólogo (CRP 07/11807), acupunturista, psicoterapeuta, mestre em Psicologia (UFRGS), especialista em Acupuntura (CBA). Fones: (51) 9183-5253 / 3217-4300 / 3346-6762. http://www.alextavares.com.br