sábado, 26 de dezembro de 2009

Diferenças entre alucinação e ilusão

Alucinação e ilusão são consideradas “formas de percepção” que comportam um “erro na leitura” da realidade compartilhada. São uma “identificação equivocada” se comparadas com o que o restante da população percebe como existindo naquele mesmo espaço.

A alucinação pode ser definida como uma percepção de um elemento que não existe na realidade (o “objeto alucinado” existe apenas no sistema sensorial de quem o identifica). Ou seja, o sujeito que alucina, por exemplo, pode ver uma pessoa em um lugar em que não há ninguém.

Já a ilusão é um “erro de percepção” de um elemento que, de fato, existe, mas é interpretado de forma errada. Por exemplo, ao encontrar com um pedaço de tronco de árvore caído no chão o sujeito “vê” uma cobra e fica muito assustado; o sujeito sedento, perdido no deserto, pode ter a ilusão de ver água, quando, na verdade, há apenas um buraco no meio das dunas.

Do ponto de vista clínico, a alucinação merece muita atenção, pois há muitos transtornos que podem estar envolvidos na sua origem, inclusive doenças crônicas.

A alucinação pode ser gerada por vários fatores, por exemplo, uso de medicamentos, privação excessiva de sono, drogas, transtorno de personalidade esquizofrênica, infecções que geram febre alta, etc.

CLASSIFICAÇÃO DAS ALUCINAÇÕES:
  • Alucinação auditiva: o sujeito escuta vozes (direcionadas ou não para si); escuta os seus pensamentos e/ou sons variados (ex.: grito, bater de portas).
  • Alucinação visual: é a percepção de um determinado elemento que, de fato, não existem no local onde ocorre a “visão alucinada”. O sujeito pode perceber objetos não definidos (ex.: chamas, raios, vultos, sombras) ou formas bem definidas (ex.: animais, pessoas, demônios). Esse tipo de alucinação é muito freqüente nos pacientes esquizofrênicos.
  • Alucinação tátil: é a ocorrência de uma alteração na leitura dos nossos receptores nervosos, gerando sensações diferenciadas (ex.: frio, calor, dor, pressão). Esse tipo de alucinação pode ocorrer em pacientes amputados, que passam a sentir um membro que não existe mais.
  • Alucinação olfativa: é a percepção de um aroma (agradável, neutro ou desagradável) de algo que não está presente no território do paciente.
  • Alucinação sinestésica: conexão entre percepções de domínios diferentes, e troca entre ambas (ex.: o paciente diz que vê a cor do som).
  • Alucinação cinestésica: é a sensação de que um órgão interno fixo (ex.: rim, pulmão, fígado) está movendo-se.
Por fim, é importante lembrar que há as chamadas “alucinações hipnagógicas” (que podem ocorrer no momento de iniciar o sono) e as “alucinações hipnopômpicas” (que podem manifestar-se logo ao despertar). Essas “alucinações” não são consideradas, por si, indicativos de alguma doença; elas podem ocorrer em pessoas saudáveis.

Alex Sandro Tavares da Silva

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Erro médico & ato médico

Na Bélgica ocorreu um gravíssimo erro de "diagnóstico médico", que fez um homem passar 23 anos consciente (deitado em uma cama).
Os médicos pensavam que ele estava em coma!!!!
E os "médico corporativistas" (creio que ainda não se trata de pleonasmo) ainda querem aprovar a lei de "ato médico"... que dá o direito de exclusividade no diagnóstico e na prescrição de tratamento aos graduados em medicina... só no Brasil mesmo!!
Por fim, vale uma lembrança, o médico Vernon Coleman diz que as greves de médicos (em Israel, em 1973, e na Colômbia e em Los Angeles, em 1976) causaram redução na taxa de mortalidade!!!
Ele aponta que os hospitais não são bons lugares para os pacientes, é preciso estar muito saudável para sobreviver a eles, diz ainda que se os médicos não matarem o doente com remédios e cirurgias desnecessárias, uma infecção o fará e sentencia: "sempre que os médicos entram em greve as taxas de mortalidade caem. Isso diz tudo".